Vamos ver se esse assunto faz sentido para vocês: já aconteceu de estarem dando uma volta e baterem o olho num produto que parecia muito aquele que tanto queriam e, ao olhar mais de perto, viram que era de outra marca? Pois comigo já. O nome desse fenômeno, de acordo com o Branding (Gestão de Marcas), é mimetismo.
Para entender a palavra, basta lembrar das aulas de Biologia na escola. O mimetismo acontece quando determinado organismo possui características que podem confundi-lo com outro organismo. Um exemplo bem clássico é o bicho-folha, que se parece com a folha de uma determinada espécie de planta.
Nesse caso, dizem que se trata de uma vantagem adaptativa. Mas será que no mundo dos cosméticos isso realmente vale a pena ou tentar se parecer com a concorrência, especialmente no quesito embalagem, mostra que a marca não tem identidade – e, pior, está tentando ludibriar quem compra desavidamente?
Mimetismo nos cosméticos
Separei alguns exemplos que já me chamaram a atenção. O primeiro é relacionado ao Moroccanoil, que foi uma verdadeira febre tempos atrás. Desde que foi lançado, mantém as características da embalagem intactas: tem azul claro predominante e toques de laranja, branco e marrom.
Com a popularidade absurda da linha, muitas outras empresas correram atrás de sua formulação, baseada em óleo de Argan, e criaram linhas semelhantes. Até aí, tudo perfeito – afinal, o mundo é livre e a gente quer ter opções mesmo. Porém, algumas foram tão fundo que até a embalagem colocaram parecida.
Qualquer semelhança é mera coincidência? Acho que não. Os comparativos mostram bem que, além de a Yenzah ter criado produtos com a mesma função, há também características gritantes nas embalagens que fazem lembrar a linha Moroccanoil. Lembrem-se de que o que está em pauta é a associação visual à marca original, não a qualidade dos produtos – que, aliás, já resenhei aqui.
Outro caso que notei é a nova linha de máscaras para cílios da Dailus Color. São quatro produtos para diferentes resultados: curvatura e volume, efeito boneca, alongamento e curvatura e volume e definição.
Posso estar louca, mas as embalagens me remeteram automaticamente às máscaras para cílios da Maybelline, reconhecidamente entre as melhores do mercado com um preço bom. A primeira da montagem, resenhada (e elogiada, inclusive) pela Marina aqui, é muito semelhante à The Colossal.
As demais, pela minha percepção, usam as cores de outras máscaras famosas da Maybelline. Não estamos falando de cópia por aqui, mas de inspiração. O intuito, ao meu ver, é valer-se do imaginário das compradoras. Explico: ao verificarem as mesmas cores encontradas em produtos de boa qualidade (Maybelline), inconscientemente ficarão mais confiantes a experimentar os da Dailus Color. Entenderam?
É claro que ninguém é bocó para confundir 100% uma marca com a outra – todo mundo sabe ler e, com um pouquinho de atenção, dá para perceber as diferenças. Mas será que isso coloca em demérito a segunda marca, que lançou sua linha depois da que a inspirou?
É por isso que gostaria de opiniões aqui nos comentários. Vocês dão bola para esse mimetismo entre marcas? Já se confundiram ao comprar algum produto? Me contem aí!
O texto acima foi extraído do blog Coisas de Diva. Acesse o artigo original no endereço:
Mimetismo: cosméticos com embalagem parecida!